Quando uma criança ou adolescente é diagnosticada com câncer infantil, tanto ela, quanto seus pais – ou cuidadores – passarão por um momento de transformação. As dúvidas e incertezas quanto ao novo cenário são muitas e vão de: como será a saída da escola para uma rotina totalmente nova, em um hospital a como funciona o tratamento, quais são os sintomas que o paciente irá sentir durante e após o mesmo, até quais são as chances de cura e muitas outras.
É natural que a criança e sua família se sintam um tanto perdidas diante de tantas informações. Nesse caso, ter o apoio de uma equipe multidisciplinar é muito importante. O conjunto de médicos, entre outros profissionais, irá acolhê-los no que for necessário, deixando-os mais seguros, munidos de informação e preparados para, juntos, combater o câncer infantil.
O que é uma equipe multidisciplinar e qual sua importância no tratamento do câncer infantil?
A equipe multidisciplinar é composta por vários profissionais qualificados e todos têm um papel importante no tratamento do câncer infantil – seja no cuidado com a criança, quanto com a família do mesmo. Esse time de médicos, enfermeiros, entre outros, é responsável pelas diferentes demandas de cada paciente.
No Hospital Dona Helena, por exemplo, a equipe é composta por quatorze profissionais, nas áreas de: assistência social; farmácia; capelania hospitalar; fisioterapia; fonoaudiologia; odontologia; pedagogia; psicologia; nutrição; enfermagem; oncologia pediátrica; terapia ocupacional e disponibiliza até o serviço de concierge – um profissional encarregado de zelar pelo bem-estar do paciente, proporcionando agilidade, hospitalidade e um serviço personalizado nas diversas necessidades relacionadas ao tratamento.
Segundo o oncopediatra Hugo Martins, que faz parte da equipe do Dona Helena, ter uma equipe multidisciplinar durante o tratamento do câncer infantil é essencial, pois dessa forma, o médico consegue direcionar o tratamento frente à doença, pensar em possíveis medicamentos ou tratamentos como a radioterapia e cirurgia.
“Sabemos que a criança está crescendo e se desenvolvendo de forma espontânea e natural por sua faixa etária. E essa é uma fase de extrema importância que deve ser sustentada frente à equipe multiprofissional. Cada profissional terá o seu olhar para a criança junto da doença e utilizará as ferramentas, após a triagem, para ver qual é a necessidade e o trabalho junto desse paciente, para que se possa estabelecer o crescimento e o seu desenvolvimento de forma saudável” – explica.
No Hospital Dona Helena, a equipe multidisciplinar é composta por quatorze profissionais que contribuem com seu ponto de vista individual e, juntos, colaboram para o tratamento do paciente como um todo.
Esse olhar dos profissionais não é apenas para a doença, nem de uma forma isolada. Cada integrante compartilha suas visões de uma forma especializada com toda a equipe. Dessa forma, todos podem trabalhar em cima dessas informações e proporcionar o melhor para a criança, assim como para seus pais ou cuidadores.
Sobre a atuação da equipe multidisciplinar na prática, o oncopediatra Hugo Martins revela que, primeiramente, ocorre o acolhimento da família durante o diagnóstico do câncer infantil. Nessa etapa, o time de profissionais explica o que é a doença, quais são os protocolos a serem seguidos, o tempo de tratamento, a diferença entre a radioterapia, quimioterapia e cirurgia, além de informações sobre os exames e sua frequência, os internamentos, entre outros. Essa equipe também busca isentar a possível culpa dos pais ou cuidadores frente ao diagnóstico, explicando que eles não têm relação com o aparecimento da doença e que não há um controle, ou seja, nada do que pudessem fazer para evitá-la.
Ao mesmo tempo, também há o cuidado com a criança. Os profissionais se disponibilizam para ajudá-la a lidar com os impactos da doença ao sair da escola, com a queda do cabelo, com os efeitos colaterais do tratamento, além de cuidar de sua alimentação, da parte odontológica, psicológica e até espiritual – com o serviço de capelania.
“Essa grande equipe vai ser o suporte para tentar manter a saúde da família de uma forma integral, olhando todos os pontos para que a família continue alinhada e harmônica, para que aprenda a olhar não apenas para a doença na criança, mas para a criança como um todo. Porque a doença é só uma parte dela.” – explica o oncologista.
Dentro da equipe multidisciplinar do Hospital Dona Helena, alguns dos profissionais acabam sendo fundamentais em todas as etapas do tratamento: o suporte médico da enfermagem, da nutrição, da psicologia e da capelania. Os demais servem como um suporte.
Em alguns momentos podem ser protagonistas no tratamento, em outros, ficar na retaguarda após uma triagem.
Os profissionais de necessidades diárias não precisam ser acionados pela família do paciente, já que, automaticamente, cuidam do mesmo. Já os de apoio são acionados por meio do médico que está cuidando da criança e também podem ser mobilizados por outros integrantes da equipe multidisciplinar.
Todos os profissionais buscam um olhar diferenciado e harmônico diante da doença, da criança e de sua família. “Nós colocamos a criança e a família nesse núcleo e nós ao redor pra poder apoiar e sustentar essa caminhada da melhor forma possível” – complementa.
Para mais informações sobre os serviços de oncohematologia pediátrica do Dona Helena, você pode acessar o site do hospital e acompanhar suas redes sociais: Instagram e Facebook.