Renata Barbosa Hagemann, neurologista do Serviço de Neurologia do Hospital Dona Helena, de Joinville, pós-graduada em Sono pelo Instituto do Sono, de São Paulo_
O dia 17 de março celebra o Dia Mundial do Sono, oportunidade de conscientização sobre a importância do sono para uma boa saúde física e mental.
Dormir está relacionado a todos os processos do nosso corpo. Regula a homeostase, a produção e liberação de hormônios, também a reparação de tecidos, formação muscular, limpeza de substâncias que se acumulam no cérebro ao longo do dia. Melhora a imunidade, reduz a inflamação, além de regular nossas emoções e ser essencial para a consolidação de memórias.
A recomendação para adultos é dormir de 7 a 9 horas por noite. Mas é importante lembrar que, no sono, quantidade e qualidade importam.
Dormir horas insuficientes, ou um sono de má qualidade, fragmentado, que não se aprofunda e não passa por todas as fases de forma adequada, afeta o funcionamento físico e mental, não só no dia seguinte, mas ao longo da vida.
Não há privação de sono sem consequências, sejam a curto prazo – com alteração de humor, falta de concentração, dor de cabeça, acidentes – ou a médio e longo prazo, com ganho de peso, aumento do risco de diabetes, aterosclerose, câncer, infecções, acidente vascular cerebral, depressão, déficit cognitivo e demência.
Priorize seu sono e tenha mais saúde.
Para ter um sono de mais qualidade e reparador:
– abra as cortinas e se exponha à luz natural logo ao acordar,
– pratique atividades físicas regulares, de preferência pela manhã,
– evite café em excesso e após as 16h,
– faça uma refeição leve pelo menos 2 horas antes de dormir,
– reduza as luzes e estímulos à noite,
– evite celular ou televisão pelo menos 1 hora antes de dormir,
– desacelere – priorize atividades relaxantes no fim do dia,
– em caso de sono não reparador, agitado ou com roncos, dificuldade para dormir ou sonolência excessiva diurna, procure uma avaliação especializada.
E você? Como anda seu sono?