O excesso de álcool pode trazer diversos prejuízos emocionais e físicos às pessoas que o consomem, acarretando problemas como acidentes, traumas, violência e suicídio.
Para a saúde, o uso prolongado de álcool reflete no aparecimento de doenças, a exemplo da cirrose e da pancreatite. Da mesma forma, alguns tipos de cânceres, a hipertensão arterial, deformidades no nascimento, entre outros aspectos e patologias, têm como causa comum o abuso de bebidas alcóolicas.
O consumo de álcool é um hábito social lícito, contudo, deve ser moderado. Por isso, preparamos esse conteúdo para que você possa se conscientizar sobre os perigos do excesso de álcool, seu impacto nas relações e no bem-estar.
Pense que o seu corpo é um veículo e reflita: com qual combustível você o está abastecendo?
Segundo a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), o álcool é uma substância psicoativa com propriedades que causam dependência, pois debilita o organismo e suas funções – quando utilizado de forma abusiva.
Em adultos, os transtornos por uso excesso de álcool o apontam como fator causal de mais de 200 doenças e lesões, entre elas:
Você conhece os sintomas que o corpo manifesta sob efeito do excesso de álcool?
Alguns sinais e sintomas da embriaguez compreendem:
No entanto, queremos dividir com você, alguns outros efeitos negativos que o excesso de álcool provoca no organismo, que correspondem a:
O consumo excessivo de álcool lança sinais sobre o alcoolismo.
Leia e responda:
Os principais fatores envolvidos na intoxicação pelo álcool são o sexo, a altura e o peso do indivíduo.
Cada pessoa irá reagir ao estímulo alcoólico de uma forma, contudo, verificam-se alguns padrões, além da taxa de metabolismo individual, ingestão alimentar, o tipo e a quantidade de bebida consumida.
A absorção de álcool é feita, principalmente, no estômago e no intestino delgado (95%) e, com o estômago vazio, o pico de álcool no sangue acontece de 30 a 90 minutos após a ingestão.
A eliminação do álcool é realizada, a grosso modo, de um drink/hora, ou seja: se a pessoa bebe mais de um drink/hora, é provável que ficará alcoolizada. A medida de um drink leva em conta:
Se você respondeu “sim” para alguma das perguntas acima, esse fato sugere um possível problema. Conte com a nossa equipe: procure ajuda médica especializada no Hospital Dona Helena.
Ansiedade e depressão
Doenças emocionais também podem ter como principal causa o consumo excessivo ou prolongado de álcool, como a ansiedade e a depressão.
Câncer
O excesso de álcool aumenta as chances de desenvolver algum tipo de câncer, como aqueles de boca, faringe, laringe, esôfago, fígado, estômago, intestino e mama. No Brasil, o Instituto Nacional de Câncer (INCA) afirma que a relação entre bebidas alcoólicas e o risco de câncer é evidente, sendo que o álcool está associado de 2% a 4% dos óbitos por câncer no país.
Cirrose
Essa doença caracteriza um estágio mais avançado do consumo de álcool e traz, como consequência, a perda gradativa das funções do fígado. Em alguns casos, pode levar o dependente a óbito.
Dependência química
O alcoolismo é uma doença crônica que pode se manifestar sem que o indivíduo perceba. A Organização Mundial da Saúde (OMS) já declarou que, em todo o mundo, 3 milhões de mortes por ano resultam do uso nocivo do álcool, representando 5,3% de todos os óbitos.
Gastrite
A desidratação do álcool causa um efeito sobre a mucosa do estômago, causando inflamação e dor.
Hepatite
Como sintomas, a hepatite alcoólica provoca alterações no fígado e pode apresentar sintomas como náuseas, vômitos, perda de apetite e perda de peso sem causa aparente.
Neuropatia alcoólica
A neuropatia alcoólica, também conhecida como Polineuropatia Alcoólica Periférica (PAP), provoca uma lesão no sistema nervoso central periférico. Com isso, o dependente sofre com uma sensação repentina de formigamento. Esse efeito pode ocorrer em todas as partes do corpo, mas é observado de forma mais frequente nas mãos e nos pés.
Pancreatite
O excesso de álcool pode causar uma alteração no tecido do pâncreas, o que leva à redução do seu tamanho – muitas vezes em caráter irreversível, causando fortes dores abdominais.
Além disso, o álcool é um componente nocivo à dinâmica familiar e social e, por isso, o alcoolismo é considerado uma questão de saúde pública, pois envolve lesões intencionais e não intencionais, como aquelas causadas por acidentes de trânsito, violência e suicídios.
Não há dose segura de álcool!
A dose sugerida como “segura” é a de dois drinks/dia para o homem e de um drink/dia para mulher, ambos maiores de 65 anos sem histórico de problemas de saúde, desde que não bebam rápido e sem o uso de outras drogas ou medicações controladas.
| HOMENS | MULHERES | |
| Abstêmios | Sem consumo de álcool nos últimos doze meses | Sem consumo de álcool nos últimos doze meses |
| Consumo moderado | 14 doses de álcool ou menos por semana e não mais do que 4 doses em uma ocasião | 7 doses ou menos por semana e não mais do que 3 em uma ocasião |
| Consumo de risco | 15 doses ou mais por semana ou 5 ou mais doses em uma ocasião | 8 doses ou mais por semana ou 4 ou mais doses em uma ocasião |
| Transtorno por uso de álcool Leve: 2 ou 3 sintomas Moderado: 4 ou 5 sintomas Grave: 6 ou mais sintomas | Um padrão problemático de uso de álcool, levando a comprometimento ou sofrimento clinicamente significativos, manifestado por pelo menos 2 dos seguintes critérios, ocorrendo durante um período de 12 meses: 1. Álcool é frequentemente consumido em maiores quantidades ou por um período mais longo do que o pretendido 2. Existe um desejo persistente ou esforços mal sucedidos no sentido de reduzir ou controlar o uso de álcool 3. Muito tempo é gasto em atividades necessárias para a obtenção de álcool, na utilização de álcool ou na recuperação de seus efeitos 4. Fissura ou um forte desejo ou necessidade de usar álcool 5.Uso recorrente de álcool, resultando no fracasso em desempenhar papéis importantes no trabalho, na escola ou em casa 6. Uso continuado de álcool, apesar de problemas sociais ou interpessoais persistentes ou recorrentes causados ou exacerbados por seus efeitos 7. Importantes atividades sociais, profissionais ou recreacionais são abandonadas ou reduzidas em virtude do uso de álcool 8. Uso recorrente de álcool em situações nas quais isso representa perigo para a integridade física 9. O uso de álcool é mantido apesar da consciência de ter um problema físico ou psicológico persistente ou recorrente que tende a ser causado ou exacerbado pelo álcool 10. Tolerância, definida por qualquer um dos seguintes aspectos: a. Necessidade de quantidades progressivamente maiores de álcool para alcançar a intoxicação ou o efeito desejado b. Efeito acentuadamente menor com o uso continuado da mesma quantidade de álcool 11. Abstinência, manifestada por qualquer um dos seguintes aspectos: a. Síndrome de abstinência característica de álcool b. Álcool (ou uma substância estreitamente relacionada, como benzodiazepínicos) é consumido para aliviar ou evitar os sintomas de abstinência |
Exagerou no consumo de álcool?Algumas dicas podem auxiliar você a eliminar o álcool do corpo mais rápido, confira:
DICA EXTRA: consuma gengibre. Esse é um ótimo alimento, o qual possui ação anti-inflamatória, ou seja: os seus nutrientes fazem o trabalho pesado do organismo ficar mais fácil e a eliminação do álcool é mais rápida.
Falamos sobre os perigos que o excesso de álcool causa ao organismo ao longo de todo esse texto, enfatizando que, se for consumir bebidas alcóolicas, que seja com moderação.
Você sabia que alguns hábitos – muito saudáveis – podem compensar a ingestão de álcool?
A prática de exercício físico é uma delas, pois a liberação de endorfina traz uma sensação de bem-estar. Outros neurotransmissores são a serotonina, a dopamina e a ocitocina. Todos esses hormônios juntos, formam o chamado “Quarteto da Felicidade”.
E cada uma dessas fontes de alegria, prazer e bem-estar, naturalmente liberadas pelo cérebro, podem ser conquistadas por meio de um abraço, do convívio com quem se ama, dormindo, tomando um banho de sol, em momentos de lazer ou de autocuidado da saúde mental.
Leia mais: Hormônios da felicidade: quais são e como podem ser estimulados
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Diretor Técnico: Dr. Bráulio Barbosa – CRM-SC 3379
