Segundo o Ministério da Saúde, o Brasil ocupa o 17º lugar entre os 22 países responsáveis por 80% do total de casos de tuberculose no mundo. A cada ano, são notificados aproximadamente 70 mil novos casos e 4,6 mil mortes ocorrem em decorrência da doença. Para esclarecer e conscientizar a população sobre os riscos, no dia 24 de março é celebrado o Dia Mundial de Combate à Tuberculose. A data foi criada em 1982, pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em homenagem aos 100 anos do anúncio do descobrimento do bacilo causador, pelo médico Robert Koch.
Causada por uma bactéria (Mycobacterium tuberculosis), a tuberculose é uma doença infectocontagiosa que afeta os pulmões, mas também pode ocorrer em outros órgãos do corpo, como ossos, rins e meninges. “Os sintomas mais comuns são tosse por mais de três semanas, sudorese noturna, cansaço excessivo, palidez, falta de apetite e emagrecimento”, explica a pneumologista do Hospital Dona Helena, Carla Bartuscheck.
De acordo com a médica, qualquer pessoa pode desenvolver a doença. Porém, indivíduos que têm contato com pacientes já diagnosticados, que tenham alguma doença que baixe a imunidade ou que tiveram tuberculose no passado, correm mais risco. “Como medida de prevenção, devemos manter sempre os ambientes bem ventilados e iluminados, pois o bacilo é extremamente sensível à luz ultravioleta. A melhor forma de controlar a disseminação é diagnosticar precocemente e tratar corretamente todos os casos de tuberculose pulmonar. Por isso, todos os esforços devem ser feitos no sentido de encontrar precocemente o paciente e oferecer o tratamento adequado, interrompendo a cadeia de transmissão”, alerta.
A OMS estima que cada paciente que não se trata pode infectar, em média, 10 a 15 pessoas. Curável, quando diagnosticada cedo e com tratamento gratuito disponível em toda a rede pública brasileira, a tuberculose é transmitida por meio de gotículas que ficam dispersas no ar: “São as gotículas menores, suspensas no ar que atingem o pulmão de uma pessoa saudável. Já as maiores, que se depositam no chão ou sobre objetos, como copos e talheres, não transmitem a doença”.
Carla conta que o tratamento é feito com a combinação de quatro antibióticos, tendo duração de aproximadamente seis meses. “É imprescindível que a medicação seja tomada de forma regular e não seja interrompida, pois a chance de desenvolvimento de resistência aos antibióticos é muito alta. Há também a vacina BCG, indicada para menores de quatro anos, que protege as crianças contra as formas mais graves”, afirma.
Assessoria de Imprensa Hospital Dona Helena. Jornalista responsável: Guilherme Diefenthaeler (reg. prof. 6207/RS). Texto: Karoline Lopes. Tel. (47) 3025-5999.