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Dona Helena

Mpox: infectologista esclarece o que é a doença considerada emergência pela Organização Mundial de Saúde

A mpox foi considerada emergência global de saúde devido à preocupante incidência no continente africano. A doença, antes identificada como varíola dos macacos, espalha-se pela África Central, incluindo países onde nunca foi detectada até então.

O infectologista Luiz Henrique Melo, do Hospital Dona Helena, de Joinville (SC), explica que a mpox deixou de ser associada a macacos porque outros animais, especialmente roedores, também podem transmitir a doença. Além disso, pode haver contágio entre seres humanos pelo contato íntimo e durante a gestação.

No Brasil, em 2024, foram registrados 709 casos confirmados ou prováveis de mpox, todos da variante que circula por aqui desde 2022. Da chegada da doença ao país até o momento, houve 16 óbitos. A morte mais recente ocorreu em abril de 2023.

Luiz Henrique Melo lembra que o Ministério da Saúde não mudou o índice de alerta para a doença, mas reitera que os cuidados básicos sempre são recomendáveis – manter as mãos higienizadas, evitar contato com quem tem suspeita da doença e, se possível, tomar a vacina.

Principais sintomas

A mpox se caracteriza, principalmente, por febre, dor no corpo e dor de cabeça – nos três primeiros dias –, sintomas que seguem com o surgimento das lesões de pele, principalmente no rosto, mãos e região genital. A duração média do quadro é de 21 dias. “Pessoas com baixa imunidade, adultos com mais de 60 anos, crianças com menos de 15 anos e gestantes são os grupos mais vulneráveis” observa o médico, acrescentando que pessoas adultas que foram vacinadas contra a varíola até os anos 80 são menos vulneráveis à doença.

Os índices de letalidade da mpox são considerados baixos (hoje, em torno de 3,2%) mas dependem bastante de vários fatores associados como a própria linhagem do vírus, a imunidade da pessoa e, também, a estrutura local para atendimento.

Melo sublinha, ainda, que é muito importante buscar orientação médica imediatamente, se constatados os sintomas característicos da doença. Na maioria dos casos, o tratamento pode ser feito em casa, mantendo-se a pessoa isolada, no mínimo até a queda das crostas das feridas.

Diretor Técnico: Dr. Bráulio Barbosa – CRM-SC 3379