José Tadeu Chechi, diretor geral do Hospital Dona Helena, de Joinville (SC)
Das metrópoles às pequenas cidades, nos quatro cantos do Brasil, onde funciona um hospital, a comunidade dorme tranquila, com a segurança de que será assistida se precisar de atenção em questões de saúde. Espaço que é sinônimo de cuidado e bem-estar, o hospital tem o seu dia, no calendário anual: em 2 de julho, desde 1961, o Brasil reserva a data para celebrar o hospital como protagonista no universo da saúde. Um momento para enaltecer a importância dessas instituições perante a sociedade, como também para homenagear os profissionais que nelas trabalham, além de refletir sobre como estão respondendo às demandas da população.
A função social do hospital, em todo o mundo, ganhou proeminência e reconhecimento público ainda maiores a partir da Covid-19. Junto com a vacinação em massa dos brasileiros, a atuação exemplar dos profissionais de saúde ao longo da pandemia contribuiu para controlar a doença e mitigar seus impactos. Nesse contexto, instituições de ponta se anteciparam, formando comitês de gerenciamento de crise, e adotaram medidas emergenciais que se mostraram vitais no combate ao novo coronavírus. Em outra escala, os hospitais desempenharam papel fundamental na epidemia da dengue.
No caso do Dona Helena, com sua história centenária, alguns fatores contribuem para que possamos ser resolutivos em situações como essas, e, com orgulho, nos posicionar entre os melhores hospitais do país, e entre os mais inovadores. A acreditação pela Joint Comission International (JCI) assegura que nosso atendimento contempla padrões internacionais, enquanto o planejamento estratégico – atualizado a cada ano – baliza a tomada de decisões em nossa gestão, como a implementação de novos serviços e os investimentos necessários para cuidar do paciente, disponibilizando equipamentos modernos e tratamentos qualificados.
Inovar é a chave para enfrentar os desafios da saúde moderna e oferecer um atendimento de excelência. Desde a implementação de novas tecnologias até o desenvolvimento de processos mais eficientes e sustentáveis, nossa equipe de inovação tem se dedicado a desenvolver soluções criativas que possam transformar a maneira como cuidamos da saúde das pessoas. Inspirados nesse esforço, em 2022, inauguramos o InovaDona, nossa unidade voltada à inovação, que, entre outras frentes, fomenta parcerias com startups que atuam na área. Com a inovação, os diagnósticos se tornam cada vez mais assertivos e as doenças são detectadas mais precocemente, que gera um menor impacto para a pessoa doente, aumentando as chances de cura.
Ao mesmo tempo, o hospital vem trabalhando para formalizar suas boas práticas em gestão e no campo socioambiental, alinhadas nos pilares do ESG. Em 2023, para dar apenas um exemplo, o Dona Helena se tornou a primeira instituição de saúde catarinense a entrar no Registro Público de Emissões, plataforma pioneira no país para divulgação transparente dos inventários de emissões de gases de efeito estufa das organizações participantes do Programa Brasileiro GHG Protocol. A instituição recebeu o Selo Prata do programa, a partir das informações sobre os impactos de sua atividade na emissão de gases de efeito estufa, o que sinaliza o reconhecimento pela iniciativa voluntária de transparência e exercício de responsabilidade socioambiental corporativa.
Neste ano, fizemos história com a consolidação do polo de cirurgia robótica, que trouxe para Santa Catarina a última geração do equipamento fabricado pela pioneira global nesse campo, a norte-americana Intuitive Surgical. O robô batizado de Da Vinci Xi, resultado de investimento de R$ 20 milhões, entrou em operação no início de junho, com cirurgias que tiveram a participação de um dos maiores especialistas brasileiros em robótica, o paulista Rafael Coelho, do Hospital Sírio-Libanês, de São Paulo. O processo que viabilizou a criação do programa envolveu toda a equipe do Dona Helena, e transcorreu em apenas quatro meses, reafirmando o esforço do hospital em oferecer o melhor ao paciente. Com a inovação, Joinville ganha a mais moderna tecnologia disponível no mundo, e, em paralelo, a oportunidade de capacitação que será proporcionada aos cirurgiões da região, com a possibilidade de fazer procedimentos menos invasivos, oferecendo maior segurança, conforto, e a condição de um retorno mais rápido ao paciente.