Uma nova terapia voltada para o combate do câncer de próstata será incluída no tratamento dos pacientes no Brasil.
O oncologista Felipe Estati, do Hospital Dona Helena, participou entre os dias 13 e 15 de fevereiro do maior congresso sobre cânceres geniturinários.
Realizado nos Estados Unidos, esse evento apresentou as pesquisas mais avançadas no combate de tumores que afetam a bexiga, rim, próstata e testículos.
Uma das principais novidades será o uso do tratamento com uso de radioligantes contra o câncer de próstata metastático, o mais comum entre os homens no Brasil.
Essa aplicação já foi aprovada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária.
A terapia radioligante (RLT) combina a tecnologia da terapia alvo com um elemento radioativo. Ela é destinada aos pacientes em tratamento que tiveram vivências de falhas em duas terapias prévias.
“Essa nova terapia é capaz de apresentar maior controle de doenças e maior sobrevida. Dados preliminares, apresentados durante o congresso, mostram que essa alternativa apresenta sinergia com outras terapias complementares, o que pode, no futuro, ser usada em fase mais precoce da doença .Também merecem destaque, outros radioligantes que estão sendo estudados no mundo, como o actinium , que pode ser uma boa alternativa brevemente”, destacou Estati.
Além dessa pesquisa, o oncologista também disse que há novos procedimentos em estudo contra o câncer de bexiga, que serão aplicados diante variações de diagnósticos positivos e negativos do tumor circulante ctDNA.
Esse exame ainda não está regulamentado para ser usado no Brasil, mas deverá ser realidade em breve.
Na questão do câncer renal, outras pesquisas estão sendo finalizadas e que também devem reforçar os tratamentos para o combate desse tipo de tumor, com destaque para biomarcadores e exames que podem refinar a escolha do tratamento da doença avançada.